Curiosidades

7 Tipos de peixe ameaçado de extinção no rio são Francisco

Por Alan Costa, em 27/10/2022 (atualizado em 03/11/2022)
peixes ameacados de extincao no rio sao francisco

Conheça alguns tipos de peixes ameaçados de extinção no rio são Francisco além disso, o rio São Francisco, é o maior rio genuinamente brasileiro em extensão tem 2.756 quilômetros.

peixes ameacados de extincao no rio sao francisco

Este rio nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e segue pela Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, onde, na divisa desses dois estados, desemboca no oceano Atlântico.

Além disso, tem algumas espécies peixes ameaçados de extinção no rio são Francisco, como o mandi-brague, pirá, pirapitinga, lambari, pacamão, cascudo do mucutu, cambeva e barrigudinho.

Entretanto, além dessas, outras seis espécies já se encontram no estágio de quase extintas.

Hoje no blog do pescador vamos trazer aos nosso leitores alguns peixes ameaçados de extinção no rio são Francisco, veja a seguir:

Peixes ameaçados de extinção no rio são Francisco

Cambeva

cambeva (trichomycterus maracaya)

O peixe cambeva (Trichomycterus maracaya) é um espécie conhecida como cambeva Maracajá que ocorre apenas na localidade-tipo, em tributário do córrego Mutuca, afluente do rio São Francisco, no município de Nova Lima, MG.

Ele habita em riachos de altitudes, com águas claras e baixa profundidade. No entanto, nada se sabe a respeito de sua biologia e ecologia.

Ordem: Siluriformes;
Família: Trichomycteridae;
Espécie: Trichomycterus novalimensis;
Nome cientifico: Trichomycterus maracaya;
• Em Perigo (EN);

Barrigudinho

barrigudinho (cnesterodon carnegiei)

O peixe barrigudinho (Cnesterodon carnegiei) é um peixe ameaçado de extinção no rio são Francisco seu corpo possui um colorido próximo ao creme ou amarelo claro, e as escamas
possuem bordas enegrecidas, com exceção daquelas do abdome, que se assemelham a uma rede.

Além disso, o peixe barrigudinho tendem a agrupar-se nas margens de corpos hídricos, de preferência em ambientes de águas paradas, de fundo arenoso, águas claras e de pouca profundidade ou próximos às gramíneas e arbustos submersos.

Esta não é uma espécie reofílica, ou seja, não vive em ambiente com correnteza e necessitam migrar para poderem se reproduzir.

Isso porque o peixe barrigudinho não realizam migrações durante o período reprodutivo e quanto a sua reprodução, a espécie é caracterizada como vivípara, tendo em vista que seus embriões se desenvolvem dentro do corpo materno, possui fecundação é interna.

Com a relação a distribuição geográfica deste peixe é conhecido exclusivamente da localidade de coleta da série-tipo, a lagoa Pertapé, no município de Formosa (GO), tributário do rio Paracatu, trecho Alto São Francisco.

No entanto, é possível que a espécie ocorra também em pelo menos alguns corpos hídricos próximos à lagoa Pertapé, talvez em áreas de remanso do rio Bezerra.

Ordem: Characiformes;
• Família: Poeciliidae;
Espécie: Pamphorichthys pertapeh;
Nome cientifico: Cnesterodon carnegie;
• Criticamente em Perigo (CR);

Cascudo do mutuca

cascudo do mutuca ( pareiorhaphis lineata)

O cascudo do mutuca ( Pareiorhaphis lineata) é uma espécie de cascudo de pequeno porte, podendo atingir 9,5 cm de comprimento padrão.

O cascudo do mutuca é um peixe ameaçado de extinção no rio são Francisco  pouco se conhece sobre sua biologia.

Além disso, esta espécie possui diferenciação sexual entre machos e fêmeas, caracterizada por apresentar lobos carnosos situados na margem lateral da cabeça, semelhantes a bochechas, com estruturas semelhantes a dentes serrilhados.

Com relação a distribuição geográfica é conhecida apenas da localidade-tipo córrego Mutuca, sistema do rio das Velhas, Nova Lima, Minas Gerais.

Contudo, não se conhecem registros recentes, todos os espécimes conhecidos foram coletados em 1987 e tentativas recentes de localizar a espécie não tiveram êxito.

Ordem: Siluriformes;
Família: Loricariidae;
Gênero e espécie: Pareiorhaphis mutuca;
Nome cientifico: Pareiorhaphis lineata;
• Em Perigo (EN).

Pirá

pira ( conorhynchos conirostris)

O Pirá ( Conorhynchos conirostris) é um peixe ameaçado de extinção no rio são Francisco conhecido também como pirá-tamanduá.

O peixe pirá é considerado um grande bagre existem registros de indivíduos que mediram até 1 m e 18 kg ele habita canais profundos de regiões com forte correnteza.

Além disso, ele tem morfologia peculiar, dada a presença de um focinho longo, tubular e curvo, uma boca pequena, com poucos e minúsculos dentes e por esta razão, também é chamado em algumas regiões de  pirá-tamanduá.

Um ponto curioso é que enquanto vivo, seu corpo ostenta uma coloração azul iridescente e suas nadadeiras são acinzentadas.

Esta também é um espécie é reofílica, ou seja, realiza migrações durante o período reprodutivo, sua desova é total e seu ciclo reprodutivo é curto, e se alimenta basicamente de invertebrados obtidos no fundo dos rios.

• Ordem: Siluriformes;
 Família:  Siluriformes;
• Gênero e espécie: Conorhynchos;
 Nome cientifico: Conorhynchos conirostris;
• Em Perigo (EN).

Pacamã

pacama (batrachoides surinamensis)

O peixe pacamã (Batrachoides surinamensis) também é conhecido como pacamão é um peixe ameaçado de extinção no rio são Francisco.

Além disso, a maior espécie registrado apresentou 72 cm, o peixe pacamã apresenta como estratégia poucos deslocamentos e normalmente habita ambientes lênticos, ou seja, de águas paradas, de substrato arenoso.

O pacamã possui boca muito grande, com dieta constituída principalmente por peixes e hábito alimentar noturno.

Durante o dia camufla-se na areia, como estratégia de predação, e também para evitar a alta incidência de luz solar e possíveis ataques de predadores.

Além disso, o macho apresenta comportamento de cuidado parental, fixando os ovos adesivos no substrato.

Com relação a distribuição geográfica ele  é endêmico da bacia do rio São Francisco, sua atual presença na bacia do Rio Doce é decorrente de translocação realizada entre as décadas de 1970 e 1980.

Ordem: Siluriformes;
Família: Pseudopimelodidae;
Espécie: Lophiosilurus alexandri;
Nome cientifico: Batrachoides surinamensis;
• Vulnerável (VU);

Mandi-bagre

mandi-bagre (pimelodus pohli)

O mandi-bagre (Pimelodus pohli) é um peixe que está distribuída na bacia do rio São Francisco, sendo raramente encontrada, e em 2005 foi considerada extinta em sua área de ocorrência, porém foram encontrados poucos registros novos da espécie na região.

O mandi-bagre tem o tamanho máximo registrado até o momento de 31 cm de comprimento, ele apresenta hábito bentônico, ou seja, vive no fundo do substrato, entre rochas e cascalhos.

• Ordem: Siluriformes;
 Família: Pimelodidae;
• Espécie: Bagropsis reinhardti ;
• Nome cientifico: Pimelodus pohli;
• Vulnerável (VU).

Pirapitinga

pirapitinga (piaractus brachypomus)

O peixe pirapitinga (Piaractus brachypomus)  é um peixe ameaçado de extinção no rio são Francisco.

Além disso, esta é uma espécie de peixe onívoro e bastante oportunistas, porém dependem do aporte de itens de origem terrestre (insetos e frutos) para se alimentarem.

O peixe pirapitinga é encontrada nas bacias dosrios das Velhas, Urucuia, nas bacias do Alto Paraná e Alto Tocantins.

Também no estado de Minas Gerais, a espécie ainda é relativamente comum em tributários tanto
do rio Grande como do trecho alto da bacia do rio Cipó, mas não em outras localidades da bacia do rio São Francisco.

• Ordem: Characiformes;
 Família: Characidae;
• Espécie: Brycon nattereri;
• Nome cientifico: Piaractus brachypomus;
• Vulnerável (VU).

Estratégia para a conservação das espécies ameaçadas de extinção da Bacia do Rio São Francisco

Os recursos pesqueiros, embora renováveis, não são infinitos, tornando necessária a sua gestão. No Brasil existem diversas regras e medidas para o manejo sustentável das atividades pesqueiras.

Chama-se gestão das pescas e baseia-se no conhecimento das componentes económicas, sociais e biológicas das atividades pesqueiras.

O defeso é uma das medidas adotadas pelo sistema pesqueiro que proíbe total ou parcialmente a pesca, incluindo, além dos peixes, invertebrados como crustáceos e moluscos, em épocas e regiões específicas, com o objetivo de garantir a manutenção dos estoques pesqueiros , ambos para consumo humano, e para a preservação da biodiversidade.

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