Tilápia do nilo peixe: origem, características, reprodução, alimentação, habitat e criação

A tilápia do nilo (Oreochromis niloticus) é um peixe africano de água doce da família Cichlidae conhecido pelos antigos egípcios já em 2000 a.C.

Hoje no blog do pescador vamos trazer aos nosso leitores algumas característica deste maravilhoso peixe.

Além disso, a tilápia do nilo é uma das 70 espécies de tilápias espalhadas pelo mundo, pertencente ao filo Chordata.

No entanto, alguns comportamentos marcantes da tilápia é sua agressividade, hierarquia, poligamia e a coloração diferenciada em machos.

Os machos são dominantes possuem coloração de tons vermelho e rosa, ao contrario das fêmeas.

Origem

A tilápia do nilo é um peixe de origem africana em que os primeiros exemplares trazidos para o Brasil chegaram no ano de 1971,

Que se adaptaram muito bem ao nosso clima tropical, pois esta espécie desenvolve-se bem em águas quentes com temperaturas entre 26°C e 28°C.

Além disso, como a temperatura está relacionada com o crescimento e a reprodução das tilápias o Brasil tornou-se um verdadeiro paraíso para elas, o que acaba ameaçando seriamente as espécies nativas.

Características do peixe tilápia do nilo

A tilápia do nilo possui a coloração azulada ou acinzentada, que pode apresentar variação de tonalidade, tem também algumas listras claras e escuras.

Além disso, os machos são extremamente territorialistas e costumam nadar em cardumes sobretudo quando alevinos e jovens.

O macho da espécie também possui crescimento diferenciado das fêmeas, os machos de tilápia tendem a serem maiores e seu crescimento é rápido.

Contudo, outros pontos interessantes da espécie são as construções de ninhos, o modo em que se reproduzem e cuidado com sua prole.

O dimorfismo sexual é evidente, pois os machos desenvolvem as pontas da nadadeira dorsal e anal em formato pontiagudo e mais alongado, enquanto nas fêmeas são arredondadas.

Reprodução do peixe tilápia do nilo

O macho é responsável pela construção do ninho, cada macho pode construir de oito a dez ninhos com trinta a quarenta centímetros de largura e profundidade e estes estão sempre dispostos em locais rasos em rios e viveiros.

Esse comportamento de construção ocorre porque a fêmea seleciona o macho para reprodução no ninho.

Depois de selecionar o ninho, o acasalamento começa, os ovos são fertilizados externamente.

Primeiro, os óvulos são liberados pela fêmea e, em seguida, os espermatozoides do macho são liberados no ninho, após a fertilização, a fêmea captura esses ovos e os incuba na boca.

O período de incubação dura de cinco a sete dias, quando os ovos eclodem e as larvas eclodem, os cuidados parentais das fêmeas continuam por um período de sete a dez dias.

Durante esta fase, as fêmeas não comem, então perdem peso e seu crescimento diminui.

Alimentação

A tilápia do nilo é um peixe Onívoro com tendência herbívora, os juvenis alimentam-se de plâncton.

Por outro lado, os adultos se alimentam principalmente de plantas e algas, insetos e crustáceos, secundariamente pequenos peixes, sementes, frutos e raízes.

Além disso, em cativeiro não é exigente e aceitará qualquer tipo de alimento fornecido, devendo ser incluído matéria vegetal regularmente.

Curiosidades

O nome tilápia do Nilo tem a ver com seu continente de origem, a África, e o rio que atravessa quase toda a extensão do continente de sul a norte até desaguar no mar Mediterrâneo (já no Egito).

Tanto que representações arqueológicas encontradas em túmulos egípcios sugerem que esse peixe foi cultivado há mais de três mil anos.

Habitat

Este Tilápia é encontrado em uma grande variedade de habitats de água doce como rios, lagos, canais de esgotos e canais de irrigação, estando presente em quase todas as grandes e médias bacias hidrográficas do Brasil.

Dicas para pesca do peixe tilápia do nilo

• Para a pesca de tilápia do nilo escolha sempre varas mais leves, sejam de bambu ou profissionais, isso porque, quando o peixe morde a isca e sente o peso da vara, é comum que ele solte e vá embora
• Além disso, é importante usar a vara com molinete de fundo ou com boia cevadeira e até mesmo com vara de fly fishing.

As melhores iscas são as naturais veja quais são as -> Iscas naturais para a pesca de tilápia

Criação de peixe tilápia do nilo

A tilápia-do-nilo é uma espécie de peixe de grande interesse na piscicultura atual, pois é o segundo grupo de peixes de água doce cultivado no mundo, ficando atrás apenas das carpas.

Além disso, no Brasil, é a espécie mais cultivada, respondendo pela metade da produção anual de peixes cultivados.

E o destaque alcançado por esta espécie devem ser a:

– Do seu rápido crescimento;
– Sua resistência ao baixo nível de oxigênio e altos níveis de amônia dissolvidos na água;
– Do consumo de ração artificial, desde a fase larval;
– Da boa conversão alimentar.

Como funciona a criação de tilápias?

Ao contrário de outras espécies de peixes, onde as fases de criação são divididas em períodos, a criação de tilápias se preocupa com o peso do peixe.

Portanto, o controle e a biometria devem ser realizados semanalmente, estimando-se o peso médio, que determinará o ajuste do manejo alimentar e da dieta das tilápias.

Na pesagem, deve-se tomar cuidado para que os peixes não sofram o estresse causado pelo manuseio excessivo, eventualmente, isso pode afetar o desempenho ou até mesmo aumentar a mortalidade.

As fases de criação, por sua vez, são definidas pelo incubatório, período em que ocorre a mudança de sexo, que geralmente é realizada por empresas especializadas, e passa pela criação e engorda.

O manejo durante o período de recria e engorda é crucial para o sucesso da produção. Portanto, os fabricantes devem considerar os seguintes fatores:

– Qualidade da água, como B. o nível de oxigênio dissolvido;
– pH, (que deve ser neutro) com valor entre 7 e 8;
– A amônia (que pode se formar como resultado de pH alto e intoxicação) comparada ao pH e à temperatura pode ser tóxica para os peixes;
– Temperatura que deve ser adequada à fase de produção;
– salinidade da água.
– Acontece que embora a tilápia tenha uma maior tolerância a mudanças bruscas na qualidade da água (permitindo menor mortalidade em comparação com outros peixes), a produção pode ser afetada.