O Mandi chorão (Pimelodus maculatus) é um peixe de água doce da família Pimelodidae conhecido também como bagre pintado e mandiuva.
O mandi chorão recebe esse nome porque emite um som parecido com um choro quando fora d’agua. o mandi chorão é valorizado em algumas regiões por seu valor comercial e sua importância na culinária local.
Muito apreciado na cozinha e na pesca esportiva, é um peixe para o qual a pesca não exige muita técnica e que, além de um sabor apreciado por muita gente, também pode trazer muita diversão.
Possui esporões espinhosos nas barbatanas peitorais e dorsais que são bastante rígidos e podem causar uma ferida dolorosa se não manuseados com cuidado.
Apesar de inofensiva, a sensação de picada é bastante incômoda com dor aguda e inchaço localizado, a toxina responsável está contida no muco que reveste o espinho.
Hoje no blog do pescador vamos trazer aos nosso leitores um artigo completo sobre o Mandi chorão, abordando suas principais espécies, características, habitat, alimentação, reprodução, e importância econômica e ecológica.
Origem do mandi chorão
O mandi chorão é um peixe nativo da América do Sul, bacia do São Francisco e Paraná.
Características do mandi chorão
O mandi chorão é um peixe de couro tem o corpo alongado a ligeiramente comprimido, alto, no início da nadadeira dorsal, afunilando em direção à cabeça e à nadadeira caudal.
Além disso, a sua cabeça é cônica com os olhos situados lateralmente, nadadeira caudal bifurcada e inúmeros barbilhões ao redor da boca.
Com relação aos barbilhões maxilares ultrapassam a metade do corpo, esta espécie possui coloração tom pardo na região dorsal, passando para amarelada nos flancos e branca no ventre.
O mandi chorão também tem três a cinco séries de grandes manchas escuras ao longo do corpo e pintas nas nadadeiras.
Nome Científico e Comum
- Nome Científico: Asterophysus batrachus
- Nome Comum: Mandi chorão, mandi-choro
Descrição Física
Tamanho: O mandi chorão pode atingir comprimentos de até 80 cm, embora tamanhos menores sejam mais comuns.
Corpo: Possui um corpo alongado e ligeiramente comprimido, coberto por escamas grandes e espessas. A coloração varia de cinza a marrom, muitas vezes com padrões que ajudam na camuflagem no ambiente aquático.
Cabeça e Boca: A cabeça é relativamente grande com uma boca ampla equipada com dentes afiados. A forma da cabeça e da boca é adaptada para capturar presas no substrato.
Nadadeiras: O mandi chorão possui nadadeiras peitorais largas e espinhosas, que são usadas para se defender de predadores e para movimentação. A nadadeira dorsal é longa e contínua, estendendo-se ao longo do corpo.
Características Comportamentais
Comportamento: O mandi chorão é conhecido por seu comportamento ativo e agressivo, especialmente durante a alimentação. É um peixe de fundo, frequentemente encontrado em áreas com substrato macio, onde pode cavar e procurar alimento.
Socialização: Pode ser encontrado sozinho ou em pequenos grupos. Em cativeiro, pode se tornar territorial e agressivo com outros peixes.
Tipos de mandi
O termo “mandi” refere-se a uma variedade de peixes de água doce pertencentes à família Pimelodidae, conhecidos por suas características adaptativas para a vida no fundo dos rios e lagos. Aqui estão alguns dos tipos mais conhecidos de peixe mandi:
1. Mandi Chorão
- Descrição: Também conhecido como mandi-limão, é caracterizado por seu corpo alongado e achatado, com uma coloração que pode variar de cinza a marrom com manchas.
- Habitat: Encontra-se em rios e lagos da Bacia Amazônica e Bacia do Orinoco.
- Características Especiais: Tem uma aparência distintiva com barbatanas longas e um corpo que facilita sua camuflagem no fundo dos rios.
2. Mandi
- Descrição: Conhecido por suas manchas escuras e corpo alongado. É uma espécie comum em muitos sistemas fluviais da América do Sul.
- Habitat: Encontrado em rios da Bacia Amazônica e Bacia do Orinoco.
- Características Especiais: Esta espécie tem um padrão de manchas que é usado para identificação, além de ser adaptado a uma dieta variada de invertebrados.
3. Mandi Branco
- Descrição: Este peixe possui uma coloração que varia do cinza claro ao branco e é conhecido por seu comportamento em grupo.
- Habitat: É encontrado principalmente em rios e lagos da região do Pantanal e da Bacia do Paraná.
- Características Especiais: Tem uma tendência a formar cardumes, o que é uma característica notável em comparação com outras espécies de mandi.
4. Mandi-Cabeça-Chata
- Descrição: Esta espécie é conhecida por sua cabeça achatada e corpo alongado. A coloração pode variar, mas frequentemente apresenta padrões distintos.
- Habitat: Encontra-se em rios e lagos da Bacia do Paraná.
- Características Especiais: Adaptado a ambientes de fundo mais diversos, incluindo áreas com substratos variados.
5. Mandi-Rio
- Descrição: Tem uma aparência similar a outras espécies de mandi, mas é especificamente encontrado em rios da região Nordeste do Brasil.
- Habitat: Rios e lagoas na região Nordeste.
- Características Especiais: Adaptado a ambientes de água corrente e frequentemente encontrado em áreas de vegetação aquática.
Reprodução do mandi chorão
O mandi chorão, também conhecido como mandi-amarelo (Pimelodus maculatus), é um peixe de água doce pertencente à família Pimelodidae. A reprodução deste peixe é um processo interessante e está fortemente relacionado ao ciclo das águas nos rios onde ele habita.
O mandi chorão é um peixe Ovíparo e o período reprodutivo do Mandi coincide com a época mais quente e chuvosa do ano.
Além disso, depois que os filhotes nascem, os pais não cuidam mais da prole, ele prefere desovar em pequenos afluentes.
Período de Reprodução:
A reprodução do mandi chorão ocorre principalmente durante a estação chuvosa, quando os rios estão cheios e a água está mais quente. Este período geralmente vai de outubro a março, dependendo da região.
As chuvas aumentam o volume de água nos rios, criando condições ideais para a desova, como aumento de oxigênio na água e maior disponibilidade de alimento para os alevinos (filhotes).
Desova:
O mandi chorão realiza a desova em locais com correnteza moderada e fundo arenoso ou pedregoso.
A desova é do tipo total, ou seja, o peixe libera todos os seus óvulos de uma só vez. As fêmeas liberam uma grande quantidade de óvulos na água, que são fertilizados pelos machos externamente.
Fecundidade:
As fêmeas do mandi chorão são bastante prolíficas, podendo liberar milhares de óvulos por desova. O número de óvulos liberados pode variar de acordo com o tamanho e a idade da fêmea.
A fecundidade é um fator crucial para a sobrevivência da espécie, já que muitos dos ovos e larvas não sobrevivem devido a predadores e condições ambientais adversas.
Desenvolvimento dos Ovos:
Os ovos fertilizados são levados pela correnteza e se desenvolvem em locais de águas mais calmas, como margens de rios ou lagos formados pelo alagamento das margens durante a cheia.
O desenvolvimento embrionário é relativamente rápido, e os ovos eclodem em poucos dias, liberando larvas que são imediatamente independentes.
Crescimento dos Alevinos:
Os alevinos se alimentam de pequenos organismos presentes na água, como plâncton, e começam a se mover para áreas de menor correnteza, onde encontram mais proteção e alimento.
Com o tempo, os alevinos crescem e se desenvolvem, atingindo a fase juvenil e, eventualmente, a fase adulta, quando se tornam aptos para reproduzir e reiniciar o ciclo.
Comportamento Reprodutivo:
O mandi chorão não exibe cuidados parentais após a desova. Tanto os machos quanto as fêmeas deixam os ovos à mercê do ambiente.
A migração para áreas específicas durante a cheia é um comportamento comum entre os mandis, buscando as melhores condições para a desova e o desenvolvimento dos alevinos.
Alimentação do peixe mandi chorão
O mandi chorão é um peixe onívoro, o que significa que ele se alimenta de uma variedade de itens, tanto de origem animal quanto vegetal. Sua dieta é bastante diversificada e pode variar conforme a disponibilidade de alimento em seu habitat.
Invertebrados Bentônicos:
- Insetos Aquáticos: Larvas de insetos aquáticos, como mosquitos, efemerópteros e tricópteros, são uma parte importante da dieta do mandi chorão, especialmente em ambientes onde esses insetos são abundantes.
- Crustáceos: Pequenos crustáceos, como camarões de água doce e outros invertebrados, são frequentemente consumidos pelo mandi.
- Vermes: Vermes aquáticos, como poliquetas e oligoquetas, também fazem parte da alimentação desse peixe.
Pequenos Peixes:
O mandi chorão pode se alimentar de peixes menores, especialmente aqueles que são encontrados no fundo do rio ou em áreas de menor correnteza. Eles caçam essas presas utilizando seu olfato e sensibilidade à movimentação na água.
Matéria Orgânica e Detritos:
O mandi chorão também consome detritos orgânicos, que são partículas de matéria vegetal e animal em decomposição. Isso inclui restos de plantas aquáticas, folhas e outras matérias orgânicas que se acumulam no fundo dos rios.
Algas e Plantas Aquáticas:
Embora sua dieta seja predominantemente carnívora, o mandi chorão também ingere algas e pequenas quantidades de plantas aquáticas, especialmente quando há uma escassez de presas animais.
Pequenos Moluscos:
Moluscos como caracóis de água doce também são parte da dieta do mandi, que usa sua boca e dentes adaptados para triturar essas presas.
Comportamento Alimentar:
Alimentação Noturna: O mandi chorão é principalmente noturno, o que significa que ele se alimenta durante a noite. Isso o ajuda a evitar predadores e aproveitar presas que estão menos ativas.
Sensibilidade Sensorial: Ele possui barbilhões (espécie de “bigodes” sensoriais) ao redor da boca, que são usados para detectar alimentos no fundo dos rios, mesmo em águas turvas ou de pouca visibilidade.
Habitat do mandi chorão
Esta espécie de peixe habita remansos das margens dos rios, locais com areia e cascalho no fundo.
O mandi chorão é um peixe de água doce que habita principalmente rios, lagos e reservatórios na América do Sul. Seu habitat é bastante diversificado, refletindo sua capacidade de adaptação a diferentes ambientes aquáticos.
Distribuição Geográfica:
O mandi chorão é encontrado principalmente na Bacia do Rio Paraná, mas também está presente em outras grandes bacias hidrográficas da América do Sul, como a Bacia do Rio São Francisco, a Bacia do Rio Tocantins-Araguaia e a Bacia do Rio Paraguai.
Tipo de Água:
- Águas Doces: O mandi chorão é um peixe exclusivamente de água doce, vivendo em rios, riachos, lagos e reservatórios.
- Águas Lentas e Rápidas: Pode ser encontrado tanto em águas de correnteza rápida quanto em áreas de águas mais lentas, como remansos e margens de rios.
- Água Turva e Clara: Ele se adapta bem a diferentes tipos de águas, desde águas claras até águas mais turvas, onde a visibilidade é baixa.
Fundo dos Corpos d’Água:
Substrato: O mandi chorão prefere habitats com fundos arenosos, lodosos ou com presença de pedregulhos. Esse tipo de substrato é ideal para sua alimentação, pois ele busca seu alimento no fundo, utilizando seus barbilhões sensoriais.
Áreas de Vegetação Aquática: Ele também pode ser encontrado em áreas com vegetação aquática, que proporcionam abrigo e uma fonte adicional de alimento.
Profundidade:
Embora possa ser encontrado em várias profundidades, o mandi chorão tende a preferir áreas de profundidade média, onde a correnteza não é tão forte e há uma abundância de alimento disponível.
Habitat em Reservatórios e Represas:
O mandi chorão também é comum em reservatórios e represas, onde pode prosperar devido à abundância de alimento e à ausência de grandes predadores naturais. No entanto, alterações no fluxo de água e na qualidade da água, devido à construção de barragens, podem afetar suas populações.
Migração e Movimentos:
Durante a época de reprodução, o mandi chorão pode realizar migrações curtas para áreas mais rasas e com correnteza moderada, onde a desova ocorre. Após a desova, retorna para suas áreas de alimentação habituais.
Onde encontrar o peixe mandi chorão
O mandi chorão é um peixe encontrado por todo o Brasil, na Amazônia e em todas as Bacias hidrográficas brasileiras.
O peixe mandi chorão é um peixe de água doce nativo da América do Sul. Ele habita principalmente os sistemas fluviais da região, sendo encontrado em uma variedade de ambientes aquáticos.
Aqui estão os principais locais onde você pode encontrar o peixe mandi chorão:
1. Bacia Amazônica
- Rios: O mandi chorão é amplamente distribuído na Bacia Amazônica, onde é encontrado em grandes rios como o Amazonas e seus afluentes. Esta bacia oferece uma ampla gama de habitats, incluindo áreas de água corrente lenta e regiões inundadas.
- Lagos e Lagoas: Além dos rios, o mandi chorão também habita lagos e lagoas inundadas na Bacia Amazônica, especialmente durante a estação das chuvas.
2. Bacia do Orinoco
- Rios: Na Bacia do Orinoco, o mandi chorão é encontrado em rios como o Orinoco e seus afluentes. Esta região também possui uma rede de rios e áreas inundadas que servem de habitat para a espécie.
- Áreas Inundadas: Durante a temporada de cheias, o mandi chorão pode se mover para áreas alagadas dentro da Bacia do Orinoco, onde encontra condições adequadas para reprodução e alimentação.
3. Região Nordeste do Brasil
- Rios e Lagoas: O peixe mandi chorão pode ser encontrado em rios e lagoas da região Nordeste do Brasil, onde habitats semelhantes às bacias amazônica e do Orinoco estão presentes.
A conservação do mandi chorão é uma questão importante, dado que essa espécie é amplamente distribuída e tem valor econômico e ecológico significativo. No entanto, como muitas espécies de peixes de água doce, o mandi chorão enfrenta diversas ameaças que podem impactar suas populações e habitats naturais.
Principais ameaças ao mandi chorão:
Destruição de Habitats:
- Construção de Barragens e Represas: A construção de barragens altera o fluxo natural dos rios, afetando as áreas de desova e alimentação do mandi chorão. A fragmentação dos rios também impede a migração necessária para a reprodução e alimentação.
- Desmatamento: O desmatamento das margens dos rios contribui para a erosão e o assoreamento, que degradam os habitats do mandi chorão. A remoção da vegetação ribeirinha também afeta a qualidade da água e a disponibilidade de alimento.
Poluição da Água:
- Contaminação por Pesticidas e Fertilizantes: A poluição agrícola, especialmente em áreas próximas a rios, pode contaminar a água com substâncias tóxicas, prejudicando a saúde do mandi chorão e de outras espécies aquáticas.
- Poluição Industrial e Urbana: A descarga de efluentes industriais e esgoto urbano nos rios aumenta a concentração de poluentes, reduzindo a qualidade da água e aumentando os níveis de substâncias nocivas, como metais pesados e produtos químicos, que podem ser prejudiciais à sobrevivência do mandi chorão.
Sobrepesca:
- Pesca Comercial e Artesanal: O mandi chorão é uma espécie muito pescada, tanto por pescadores comerciais quanto por pescadores artesanais. A pesca excessiva pode levar à diminuição das populações locais, especialmente se não houver medidas de manejo sustentável.
- Pesca Predatória: A captura de indivíduos juvenis e a falta de regulamentação na pesca podem agravar a redução das populações de mandi chorão.
Introdução de Espécies Exóticas:
- A introdução de espécies exóticas em rios e lagos pode levar à competição por alimento e habitat, além de predadores introduzidos que podem ameaçar as populações de mandi chorão.
Medidas de Conservação:
Proteção de Habitats:
- Criação de Áreas de Proteção Ambiental: Estabelecer e manter áreas protegidas ao longo dos rios e lagos, onde o mandi chorão é encontrado, pode ajudar a preservar os habitats críticos para sua sobrevivência.
- Restauração de Áreas Degradadas: Projetos de restauração de margens de rios e replantio de vegetação nativa podem melhorar a qualidade do habitat e a saúde dos ecossistemas aquáticos.
Gestão Sustentável da Pesca:
- Regulamentação da Pesca: Implementar regulamentos que limitem a captura de mandi chorão, como definir tamanhos mínimos de captura e períodos de defeso (proibição temporária da pesca durante a época de reprodução), pode ajudar a manter as populações em níveis sustentáveis.
- Educação e Conscientização: Promover programas de educação para pescadores e comunidades locais sobre práticas de pesca sustentável e a importância da conservação do mandi chorão.
Controle da Poluição:
- Monitoramento e Redução da Poluição: Implementar políticas para monitorar e reduzir a poluição industrial, agrícola e urbana nos rios pode melhorar a qualidade da água e criar um ambiente mais seguro para o mandi chorão.
- Tratamento de Efluentes: Garantir que os efluentes industriais e domésticos sejam tratados adequadamente antes de serem despejados nos rios é fundamental para proteger as espécies aquáticas.
Pesquisa e Monitoramento:
- Estudos Científicos: Realizar pesquisas sobre a biologia, ecologia e dinâmica populacional do mandi chorão pode fornecer informações essenciais para a formulação de políticas de conservação eficazes.
- Monitoramento de Populações: Monitorar regularmente as populações de mandi chorão pode ajudar a detectar mudanças nas populações e implementar medidas de conservação de maneira proativa.
Importância da Conservação:
A conservação do mandi chorão é crucial não apenas para preservar a biodiversidade dos ecossistemas aquáticos, mas também para manter a sustentabilidade da pesca e proteger a saúde ambiental das bacias hidrográficas onde esta espécie ocorre.
A adoção de práticas sustentáveis e a proteção dos habitats naturais são fundamentais para garantir que o mandi chorão continue a prosperar em seus ambientes naturais.
A pesca do mandi chorão é uma atividade popular, especialmente em rios e lagos de água doce na América do Sul. Aqui estão algumas técnicas e dicas para pescar o mandi chorão com sucesso:
1. Equipamento de Pesca:
Varas e Carretilhas: Uma vara de pesca leve a média, com carretilha ou molinete, é ideal para a pesca do mandi chorão. Varas de aproximadamente 1,80 a 2,10 metros são adequadas, permitindo lançamentos precisos e controle durante a briga com o peixe.
Linha: Utilize linhas de monofilamento ou multifilamento com resistência entre 6 a 12 lb (3 a 5,5 kg). Linhas mais finas são preferíveis, pois permitem maior sensibilidade e menos resistência na água.
Anzóis: Anzóis de tamanho médio, variando entre 2/0 a 4/0, são adequados para o mandi chorão. Anzóis circulares são uma boa escolha, pois tendem a fisgar o peixe no canto da boca, facilitando a captura e minimizando danos ao peixe.
Chumbadas e Boias: Use chumbadas de peso médio, dependendo da correnteza e profundidade. Em áreas de correnteza mais forte, chumbadas mais pesadas podem ser necessárias para manter a isca no fundo. Boias podem ser usadas em áreas de menor correnteza para manter a isca a uma profundidade adequada.
2. Iscas:
Iscas Naturais: O mandi chorão é atraído por uma variedade de iscas naturais. As iscas mais eficazes incluem:
- Minhocas: Uma das iscas mais comuns e eficazes, especialmente frescas.
- Camarões: Camarões de água doce, tanto frescos quanto salgados, são muito atrativos.
- Pequenos Peixes: Sardinhas ou lambaris cortados são boas opções para atrair mandis maiores.
- Pedaços de Carne: Pedaços de fígado ou coração de boi também podem ser utilizados.
Iscas Artificiais: Embora o mandi chorão prefira iscas naturais, em algumas situações, iscas artificiais que imitam pequenos peixes ou insetos podem funcionar, especialmente em áreas onde a população de presas naturais é alta.
3. Locais de Pesca:
Fundos de Rios e Lagos: O mandi chorão é um peixe de fundo, então a melhor estratégia é pescar em áreas onde o fundo é arenoso, lodoso ou com pedregulhos. Procure áreas próximas a estruturas submersas, como troncos e pedras, onde o peixe pode se esconder.
Áreas com Vegetação Aquática: Áreas com vegetação submersa ou marginal também são bons pontos de pesca, pois o mandi chorão costuma buscar alimento nessas regiões.
Correntezas Moderadas: Em rios, procure áreas com correnteza moderada, especialmente perto de poços ou remansos onde a correnteza diminui, permitindo que o peixe se alimente sem gastar muita energia.
4. Horário de Pesca:
Pesca Noturna: O mandi chorão é mais ativo durante a noite, o que faz da pesca noturna o melhor período para capturá-lo. No entanto, também pode ser capturado nas primeiras horas da manhã e no final da tarde.
Dias Nublados: Dias nublados ou com pouca luz são ideais, pois o mandi chorão tende a se sentir mais seguro para sair em busca de alimento.
5. Técnicas de Pesca:
Pesca de Fundo: A técnica mais comum para pescar o mandi chorão é a pesca de fundo. Lance a isca e deixe-a afundar até o fundo. Mantenha a linha esticada e fique atento a qualquer movimento que indique uma mordida.
Pesca com Boia: Outra técnica é usar uma boia para manter a isca suspensa acima do fundo. Isso pode ser eficaz em áreas onde o fundo é muito lodoso ou cheio de detritos.
Paciência e Sensibilidade: O mandi chorão pode ser um pouco tímido ao morder a isca, então é importante ter paciência e esperar que ele engula a isca antes de fisgar.
6. Cuidados na Manipulação:
Manuseio Cauteloso: O mandi chorão possui espinhos nas nadadeiras peitorais e dorsais, que podem causar ferimentos. Portanto, manuseie o peixe com cuidado, usando um pano ou luvas se necessário.
Soltura Consciente: Se não for para consumo, a prática do pesque e solte é recomendada. Certifique-se de soltar o peixe rapidamente e em boas condições para garantir sua sobrevivência.
Com essas técnicas e dicas, você pode aumentar suas chances de sucesso na pesca do mandi chorão, aproveitando uma atividade que é tanto um passatempo prazeroso quanto uma forma de obter um peixe saboroso.