Dojô peixe: características, reprodução, alimentação, habitat e dica

O dojô (Misgurnus anguillicaudatus) é um peixe de água doce conhecido popularmente de peixe cobra, ele pertence a família Cobitidae nativo do nordeste da Ásia, especialmente da China.

O peixe dojô é uma variedade de peixe que se destaca por sua forma elegante e cores vibrantes. Comumente encontrado em águas quentes e rasas, esse peixe é notório por seu comportamento social e por habitar recifes de coral.

Sua alimentação é baseada em plâncton e pequenos invertebrados. Além de seu fascínio visual, o dojo peixe desempenha um papel importante no ecossistema marinho, contribuindo para o equilíbrio das comunidades aquáticas.

O peixe dojô é bastante popular no aquarismo, e gosta muito de enterrar-se, principalmente durante o dia.

Quando ele vive em aquário normalmente não passa dos oito centímetros, porém pode chegar aos vinte centímetros na natureza.

Hoje no blog do pescador vamos trazer aos nossos leitores algumas informações detalhada sobre as características, tipos, reprodução, alimentação e habitat da peixe dojô.

Características do peixe dojô

O dojô é um peixe de corpo comprido e pode alcançar de 8 a 20 centímetros de comprimento, este é uma espécie de peixe dorcio que pode viver tranquilamente com outras espécies de peixes.

Além disso, este peixe possui a coloração branca prateado com algumas manchas no corpo. Além de possui sete barbilhões e possui apenas uma nadadeira anal, ele é semelhante a uma cobra.

Abaixo estão as principais características do peixe dojô:

Aparência Física:

Corpo e Formato: O corpo do peixe dojô é longo e cilíndrico, com uma forma que lembra uma enguia ou uma serpente. Essa forma alongada permite que ele se mova facilmente entre a vegetação aquática e no substrato.

Cor: A coloração do corpo varia de marrom-amarelado a marrom-acinzentado, com padrões de manchas escuras que correm ao longo dos lados do corpo. Esses padrões podem variar, proporcionando camuflagem natural em seu habitat.

Barbilhões: Uma das características distintivas do peixe dojô são os barbilhões, pequenos apêndices semelhantes a bigodes, que estão localizados ao redor da boca. Esses barbilhões ajudam o peixe a detectar alimentos no substrato.

Tamanho: O dojô pode crescer até 20-30 cm de comprimento em condições ideais.

Reprodução do peixe dojô

O dojô é um peixe ovíparo que atinge a maturidade sexual em torno de 2 a 3 anos de idade e cerca de 110mm. Além disso, na época de reprodução, a fêmea levar o macho para uma vegetação densa, por exemplo, algas filamentosas.

Naquele local ocorre a desova, o macho envolve seu corpo em torno do corpo da fêmea, formando um anel completo. Após a eclosão, os alevinos apresentam filamentos branquiais externos que desaparecem após 10 a 12 dias.

A reprodução do peixe dojô pode ocorrer tanto em seu habitat natural quanto em cativeiro, e envolve processos específicos.

1. Características Reprodutivas:

• Maturidade Sexual: O peixe dojô atinge a maturidade sexual geralmente entre 1 a 2 anos de idade, dependendo das condições ambientais e da alimentação.
• Dimorfismo Sexual: Durante a época de reprodução, os machos desenvolvem tubérculos nupciais (pequenas protuberâncias) nas barbatanas peitorais, que os diferenciam das fêmeas. As fêmeas tendem a ter um corpo mais volumoso, especialmente quando carregam ovos.

2. Condições Ambientais para Reprodução:

• Temperatura da Água: A temperatura ideal para a reprodução do peixe dojô é entre 18°C e 22°C. Mudanças na temperatura da água, especialmente o aumento da temperatura, podem estimular a reprodução.
• pH e Dureza da Água: A água deve ter um pH entre 6,5 e 7,5 e ser ligeiramente macia a moderadamente dura para proporcionar um ambiente adequado para a desova.
• Substrato: Em cativeiro, um substrato macio, como areia ou cascalho fino, é ideal, pois os peixes dojô tendem a cavar e enterrar-se no substrato, comportamento que também pode estar relacionado à reprodução.

3. Comportamento Reprodutivo:

• Cortejo: O processo de cortejo inclui movimentos ativos do macho ao redor da fêmea, envolvendo toques e perseguições para estimular a liberação dos ovos.
• Interação: Durante o cortejo, os machos podem se tornar mais ativos e agressivos na tentativa de atrair uma fêmea. Eles nadam ao redor dela e podem exibir comportamentos de natação rápida.

4. Desova:

• Liberação de Ovos: A fêmea libera uma grande quantidade de ovos, que são fertilizados externamente pelo macho. Os ovos são normalmente aderentes e se prendem ao substrato ou às plantas aquáticas.
• Número de Ovos: A fêmea pode liberar centenas de ovos durante uma única sessão de desova, dispersando-os no ambiente.

5. Incubação e Desenvolvimento dos Ovos:

• Incubação: Os ovos eclodem em 2 a 4 dias, dependendo da temperatura da água. O desenvolvimento dos ovos é relativamente rápido em condições adequadas.
• Larvas: Após a eclosão, as larvas permanecem imóveis no substrato por alguns dias, alimentando-se do saco vitelino. Uma vez que o saco vitelino é consumido, os alevinos começam a nadar livremente e a procurar alimento.

6. Desenvolvimento dos Alevinos:

• Alimentação Inicial: Nos primeiros dias de vida, os alevinos alimentam-se de infusórios e outros micro-organismos. À medida que crescem, podem começar a comer alimentos maiores, como náuplios de artêmia e microvermes.
• Crescimento: Os alevinos crescem rapidamente, e dentro de algumas semanas começam a desenvolver as características físicas dos adultos.

7. Comportamento Pós-Desova:

• Falta de Cuidados Parentais: O peixe dojô não oferece cuidados parentais após a desova. Os adultos podem, inclusive, consumir os próprios ovos ou alevinos se não forem separados.
• Separação dos Alevinos: Em cativeiro, é recomendável remover os adultos após a desova ou usar um tanque separado para os alevinos, garantindo que eles não sejam predados.

8. Reprodução em Cativeiro:

• Facilidade: A reprodução do peixe dojô em cativeiro é relativamente fácil, desde que as condições ideais de temperatura, qualidade da água e alimentação sejam mantidas.
• Estímulo para Desova: Em cativeiro, uma mudança gradual na temperatura da água, geralmente simulando a mudança de estação, pode ser um estímulo eficaz para iniciar a reprodução.

9. Conservação:

• Popularidade em Aquários: Devido à sua robustez e comportamento único, o dojô é amplamente mantido em aquários. No entanto, é importante monitorar suas populações em ambientes naturais, especialmente em regiões onde pode se tornar invasivo.

Alimentação do peixe dojô

Esta espécie de peixe é onívoro e se alimenta de vermes,  insetos, larvas de insetos, pequenos crustáceos. Em aquário aceitará alimentos vivos e secos sem dificuldade.

Alimentação na Natureza:

Invertebrados: Na natureza, o peixe-dojô se alimenta de uma variedade de invertebrados aquáticos, como larvas de insetos, vermes, e pequenos crustáceos. Ele utiliza seus barbilhões sensoriais para buscar alimento no substrato de lodo e areia.

Detritos: Ele também pode consumir detritos e material orgânico em decomposição presentes no fundo dos corpos d’água, contribuindo para a limpeza do ambiente.

Alimentação em Cativeiro:

Ração para Peixes de Fundo: Em aquários, o peixe-dojô deve ser alimentado com ração específica para peixes de fundo. Essas rações são formuladas para afundar rapidamente e atender às necessidades nutricionais dos peixes que se alimentam no fundo do aquário.

Alimentos Vivos ou Congelados: Oferecer alimentos vivos ou congelados, como artêmias, daphnias, e pequenos vermes, pode enriquecer a dieta do peixe-dojô e estimular seu comportamento de forrageamento natural.

Alimentos Vegetais: Complementar a dieta com vegetais frescos, como espinafre, abobrinha, ou pepino, pode fornecer fibras adicionais e nutrientes essenciais. É importante oferecer esses vegetais em pedaços pequenos ou levemente cozidos para facilitar a alimentação.

Ração de Algas: Alimentos baseados em algas ou ração de alga marinha podem ser oferecidos para complementar a dieta e garantir que o peixe-dojô receba uma variedade de nutrientes.

Comportamento Alimentar

• Forrageamento no Fundo: O peixe-dojô é um forrageador noturno que usa seus barbilhões para procurar comida no substrato. Ele pode cavar no lodo ou areia e procurar pequenos invertebrados e detritos.
• Atividade Noturna: Em cativeiro, ele pode mostrar um comportamento mais ativo durante a noite, por isso é ideal fornecer alimentos na parte da noite ou durante o período em que o peixe está mais ativo.

Curiosidades sobre peixe dojô

Esta é uma espécie de peixe de fundo, isso porque ele consome alimentos e outros materiais que iriam entrar em decomposição no fundo do aquário.

Além disso, mesmo sendo peixes de fundo, é sempre muito importante manter o aquário bem fechado, pois este peixe tem o costume de dar grandes saltos para fora da água.

Habitat do peixe dojô

Este peixe habita em áreas de pântanos, manguezais, plantações de arroz; e quanto mais lamacentos e ricos em materiais orgânicos eles forem, melhor será a sua adaptação.

Abaixo estão os detalhes sobre o habitat natural do peixe dojô:

1. Origem e Distribuição

• Nativo: O peixe dojô é nativo da Ásia Oriental.
• Distribuição: É encontrado em áreas da China, Japão, Coreia, Vietnã, e outras regiões da Ásia Oriental. Também foi introduzido em outras áreas, como na Europa, devido ao comércio de aquários.

2. Ambiente Natural

• Rios e Lagos: O peixe dojô habita uma variedade de ambientes de água doce, incluindo rios, lagos e pântanos. Prefere águas de fluxo lento a moderado, onde pode encontrar esconderijos e áreas com substrato macio.
• Áreas de Fundo Arenoso ou Lamoso: É frequentemente encontrado em áreas com fundo de areia ou lama, que são ideais para escavar e procurar alimento. O substrato é importante para que o peixe possa se enterrar ou esconder.
• Vegetação Aquática: Áreas com vegetação aquática, como plantas submersas e algas, são comuns em seu habitat natural e fornecem abrigo e alimento.

3. Comportamento e Adaptação

• Comportamento de Escavação: O peixe dojô é conhecido por seu comportamento de escavação, frequentemente enterrando-se no substrato macio. Esse comportamento é uma adaptação para se esconder de predadores e para encontrar alimento.
• Alimentação: É onívoro, alimentando-se de uma variedade de matéria orgânica, como insetos, vermes, e pequenos crustáceos encontrados no fundo dos corpos d’água. Também pode se alimentar de algas e plantas aquáticas.

4. Condições da Água

• Temperatura: O peixe dojô pode tolerar uma ampla faixa de temperaturas, geralmente entre 10°C e 28°C, o que o torna adaptável a diferentes condições climáticas.
• pH: Prefere água com pH neutro a ligeiramente ácido, geralmente entre 6,5 e 7,5.
• Dureza da Água: Pode tolerar uma ampla gama de dureza da água, desde águas mais macias até águas mais duras.

5. Habitat em Aquários

• Aquário Adequado: Para criar um ambiente adequado para o peixe dojô em aquário, o tanque deve ter um substrato macio, como areia ou cascalho fino, para permitir que o peixe escave e se esconda.
• Vegetação e Abrigos: Adicionar plantas aquáticas e esconderijos artificiais ajudará a replicar seu habitat natural e proporcionar um ambiente mais confortável.
• Compatibilidade: O peixe dojô é geralmente pacífico e pode ser mantido com outros peixes de tamanho semelhante. No entanto, deve-se garantir que o aquário tenha espaço suficiente para permitir que ele se mova e se esconda conforme necessário.

Onde encontrar o peixe dojô?

O dojô pode ser encontrado na Ásia e Nordeste asiático.

Criação de peixe dojô em aquário

Aquário Mínimo:

80 cm comprimento X 30 cm largura  e os substrato deverá ser arenoso e macio, pois passa a maior parte do tempo enterrado parcial ou totalmente.

Ph da água:

O pH da água deve ficar entre 6.5 a 7.6

Temperatura:

Além disso, a temperatura deve ficar 20 e 25 graus centígrados.

Alimentação:

O Peixe Dojô é um peixe de alimentação onívora que aceita muito bem as rações industrializadas em partilhas, aquelas especificas para peixes de fundo, mas também gosta de se alimentar de proteína vegetal e alimentos vivos pelo menos uma vez por semana.

Qual melhor substrato para Dojô?

O Dojô é um peixe que gosta de se enterrar no substrato de areia fina ou se esconder em raízes de plantas de superfície, como Aguapé por exemplo.

Como saber se o Dojô é macho ou fêmea?

O macho tem as nadadeiras peitorais em formato triangular enquanto as da fêmea a suas nadadeiras são arredondadas, além disso ela possui o ventre um pouco mais roliço que o do macho.

O Dojô é um peixe muito popular no brasil e no mundo, como mencionamos ele tem características com corpo comprido e pode alcançar de 8 a 20 centímetros de comprimento, este é uma espécie de peixe dorcio que pode viver tranquilamente com outras espécies de peixes.