Curimbatá peixe: tipos, características, alimentação, habitat e dicas
A Curimbatá é um termo utilizado para se referir a um peixe da família dos Anostomidae, conhecido também como “curimbatá” ou “curimbatá-do-rio”. Esse peixe é bastante encontrado em rios e lagos da América do Sul, especialmente na bacia do Rio Paraná e seus afluentes. O curimbatá é popular na pesca esportiva e na culinária, sendo apreciado por sua carne saborosa.
Além disso, o termo “curimbatá” pode variar em significado e uso em diferentes regiões, sendo que em algumas áreas pode referir-se a outros tipos de peixes ou até mesmo a eventos culturais relacionados à pesca.
O curimbatá é um peixe de água doce que pode ser encontrado em diversas regiões do Brasil. Conhecido também como curimatã, curimatá, crumatá, curimbatá, curibatá e papa-terra.
Hoje no blog do pescador vamos trazer aos nossos leitores algumas informações detalhada sobre as características, tipos, reprodução, alimentação e habitat da Curimbatá.
Esta espécie de peixe é teleósteo characiforme da família dos caracídeos, da subfamília dos proquilodontídeos, especialmente do gênero Prochilodus.
Vive em todo o território brasileiro podendo se alimentar de vegetais e de lodo.
Origem da curimbatá
O curimbatá é um peixe encontrado na Bacia amazônica, Tocantins-Araguaia, Prata, Parnaíba e no São Francisco. Entretanto, esta espécie de peixe também é encontrada no açude do nordeste.
Tipos de curimbatá
O curimbatá também conhecido como curibatá e papa-terra, ou curimatã são espécies litorâneas presentes em todo o litoral brasileiro e também das Américas do sul, central e norte.
Vale ressaltar que esses peixes são parecidos mas que possuem algumas diferenças marcantes que facilitam sua identificação entre uma fisgada e outra.
Conhecidos por sua abundância nas praias brasileiras, tanto o Papa-Terra como o curimbatá são muito apreciados pelos apreciadores de um bom peixinho frito, e são inclusive peixes comerciais em algumas regiões.
O termo “curimbatá” é comumente usado para se referir a várias espécies de peixes nativos da América do Sul que pertencem ao gênero Prochilodus, da família Prochilodontidae. Esses peixes são conhecidos por suas migrações sazonais e são importantes para os ecossistemas aquáticos e para a pesca comercial. Abaixo estão alguns dos principais tipos de peixe curimbatá:
1. Curimbatá
- Descrição: Também conhecido como curimbatá ou curimatã, é uma das espécies mais comuns e amplamente distribuídas. Tem um corpo alongado e fusiforme, com escamas prateadas e uma coloração geralmente cinza prateada no dorso.
- Distribuição: Encontrado na bacia do rio Paraná e em outros rios da América do Sul, como o rio São Francisco e a bacia do rio Paraguai.
- Tamanho: Pode atingir até 60 cm de comprimento e pesar cerca de 3 kg.
2. Curimbatá Grande
- Descrição: Também conhecido como curimbatá-grande, tem um corpo robusto e é semelhante ao P. lineatus mas com algumas diferenças nas escamas e na coloração. É conhecido por seu tamanho maior.
- Distribuição: Ocorrido principalmente na bacia do rio Tocantins e em algumas partes da bacia do rio Araguaia.
- Tamanho: Pode atingir até 70 cm de comprimento.
3. Curimbatá do Norte
- Descrição: Conhecido por suas características distintas, como a coloração escura e o tamanho relativamente grande. O corpo é mais robusto em comparação com outras espécies do gênero.
- Distribuição: Encontrado na bacia do rio Amazonas e em outros rios da região amazônica.
- Tamanho: Pode atingir até 80 cm de comprimento.
4. Curimbatá do Araguaia
- Descrição: Esta espécie tem uma coloração prateada e um corpo alongado, semelhante ao P. lineatus, mas com diferenças sutis na forma das escamas e na estrutura corporal.
- Distribuição: Presente principalmente na bacia do rio Araguaia e em alguns afluentes da bacia do rio Tocantins.
- Tamanho: Geralmente atinge até 50 cm de comprimento.
5. Curimbatá do Rio São Francisco
- Descrição: Também conhecido como curimbatá do São Francisco, é caracterizado por uma coloração mais clara e um padrão de escamas distinto.
- Distribuição: Encontrado na bacia do rio São Francisco.
- Tamanho: Pode crescer até cerca de 40 cm de comprimento.
Características do peixe curimbatá
O curimbatá é um peixe com escamas ásperas, a sua coloração é cinza-prateada, com faixas transversais escuras e inconspícuas no dorso. Além disso, esta espécie de peixe possui nadadeiras caudal, dorsal e anal com varias manchas escuras e claras, alternadamente.
Possui a boca terminal, com lábios espessos e protráteis em forma de ventosa, munido de pequeninos dentes fracamente inseridos.
Possui também um espinho curto e dirigido à frente, na origem da nadadeira dorsal. Pode alcançar 30cm de comprimento e atingir 450 gramas.
1. Descrição Geral
- Nome Científico: Prochilodus lineatus
- Nome Comum: Curimbatá, curimatã, curimba, papa-terra
- Família: Prochilodontidae
2. Aparência
- Tamanho: O curimbatá é um peixe de médio porte, podendo alcançar até 60 cm de comprimento e pesar entre 2 e 5 kg, embora exemplares maiores possam ser encontrados.
- Corpo: O corpo do curimbatá é fusiforme, ligeiramente comprimido lateralmente, o que o torna um nadador eficiente. Possui uma coloração prateada, com escamas grandes e bem definidas, além de listras horizontais escuras ao longo do corpo.
- Cabeça: A cabeça é relativamente pequena em relação ao corpo, com um focinho arredondado.
- Boca: A boca é inferior, em forma de ventosa, adaptada para raspar e ingerir material orgânico do fundo do rio, como detritos e algas.
Reprodução do peixe curimbatá
Esta espécie de peixe se reproduz a partir do final de novembro ou começo de dezembro, Além disso, a sua primeira maturação sexual ocorre em peixes com cerca de 20cm de comprimento.
O curimbatá é também conhecido como curimba, curimatã ou papa-terra, é um peixe de água doce nativo da bacia do rio Paraná, do rio São Francisco e de outras regiões da América do Sul. É uma espécie de grande importância ecológica e econômica, tanto para a pesca comercial quanto para a pesca esportiva. A reprodução do curimbatá é um evento sazonal que ocorre em condições específicas.
Período de Reprodução: A reprodução do curimbatá ocorre durante a estação chuvosa, geralmente entre os meses de outubro e março. Esse período coincide com a subida do nível dos rios, o que facilita a migração para as áreas de desova.
Migração Reprodutiva: O curimbatá é um peixe migratório, realizando longas viagens rio acima para encontrar locais adequados para a desova. Esse comportamento migratório é conhecido como piracema. além disso, Durante a piracema, os curimbatás se deslocam em grandes cardumes, nadando contra a correnteza para alcançar áreas de água limpa, com fundo arenoso ou pedregoso, onde a oxigenação é alta.
Desova: A desova é do tipo externa, onde as fêmeas liberam uma grande quantidade de ovos na água (podendo chegar a centenas de milhares de ovos por desova), que são então fertilizados pelo esperma dos machos. além disso, Os ovos são pelágicos, ou seja, flutuam na coluna d’água e são levados pela correnteza. Isso aumenta as chances de dispersão dos ovos e a sobrevivência dos alevinos em ambientes diferentes.
Incubação e Eclosão: Os ovos do curimbatá têm um curto período de incubação, geralmente de 18 a 24 horas, dependendo da temperatura da água, que idealmente deve estar entre 24°C e 28°C. além disso, Após a eclosão, as larvas, também chamadas de alevinos, continuam a flutuar na correnteza, alimentando-se inicialmente do saco vitelino antes de passarem a se alimentar de plâncton.
Crescimento dos Alevinos: Os alevinos se desenvolvem rapidamente, movendo-se para áreas mais calmas dos rios, como lagoas marginais e áreas inundadas, onde encontram maior disponibilidade de alimentos, como matéria orgânica em decomposição, detritos e pequenos invertebrados.
À medida que crescem, os jovens curimbatás começam a se alimentar predominantemente de algas, detritos e matéria orgânica, desempenhando um papel importante na reciclagem de nutrientes nos ecossistemas aquáticos.
Reprodução em Cativeiro: Na aquicultura, a reprodução do curimbatá pode ser induzida artificialmente através do processo de hipofisação, onde hormônios são administrados para estimular a maturação dos gametas e a desova.
Os ovos fertilizados são coletados e incubados em tanques de larvicultura, onde os alevinos são criados até atingirem o tamanho adequado para o cultivo ou a repovoação de rios.
Maturidade Sexual: O curimbatá atinge a maturidade sexual por volta dos 2 a 3 anos de idade, dependendo das condições ambientais e da disponibilidade de alimentos. A partir desse momento, eles se tornam parte ativa do ciclo reprodutivo anual.
Alimentação do peixe curimbatá
O curimbatá é um peixe detritívoro que se alimenta de restos orgânicos e vegetais.
É conhecido por sua importância econômica e ecológica. O curimbatá tem uma dieta variada, refletindo seu papel como consumidor primário e secundário em seu habitat. Aqui estão os detalhes sobre a alimentação do curimbatá:
Alimentação do Curimbatá:
Dieta Principal:
Plantas Aquáticas e Algas: O curimbatá é principalmente herbívoro e se alimenta de uma variedade de plantas aquáticas, incluindo algas, vegetação submersa e folhas de plantas aquáticas. Ele é conhecido por pastar em gramíneas aquáticas e outras vegetações encontradas em áreas alagadas e margens de rios.
Frutas e Sementes:
Frutas e Sementes Flutuantes: Quando disponível, o curimbatá também consome frutas e sementes que caem na água, especialmente durante a estação das chuvas, quando as áreas alagadas estão mais acessíveis.
Detritos Orgânicos:
Detritos e Material Orgânico: Além de vegetação, o curimbatá pode consumir detritos orgânicos e pequenos fragmentos de material em decomposição que se acumulam no fundo dos corpos d’água.
Invertebrados:
Invertebrados Aquáticos: Em algumas ocasiões, o curimbatá pode incluir pequenos invertebrados aquáticos, como insetos e crustáceos, em sua dieta. No entanto, isso é menos comum e geralmente ocorre quando a disponibilidade de vegetação é baixa.
Comportamento Alimentar:
- Natação em Cardume: O curimbatá é conhecido por se alimentar em cardumes, o que facilita a forrageamento em grandes áreas de vegetação aquática.
- Pastagem: O peixe usa sua mandíbula adaptada para raspar e triturar material vegetal. Suas mandíbulas possuem dentes especializados que ajudam na captura e processamento de alimentos vegetais.
Importância Ecológica:
- Controle de Vegetação: Como herbívoro, o curimbatá desempenha um papel importante no controle da vegetação aquática em seu habitat, ajudando a manter o equilíbrio ecológico.
- Fonte de Alimento: Também serve como uma importante fonte de alimento para predadores naturais, como outros peixes maiores e aves aquáticas.
Curiosidades sobre curimbatá
O peixe curimbatá é capaz de se alimentar com detritos porque ele possui trato digestivo longo. Por esse motivo, a primeira curiosidade é que este peixe consegue aproveitar um material nutritivo que outros peixes não conseguem.
Além disso, este peixe tem uma grande capacidade de frequentar ambientes com baixa quantidade de oxigênio dissolvido.
Outra curiosidade sobre este é que ele serve como alimento para espécies maiores e aves predadoras.
Habitat do peixe curimbatá
O peixe curimbatá habita fundo de lagos e em margens de rios.
O curimbatá é um peixe de água doce nativo da América do Sul, especialmente encontrado em rios e sistemas fluviais da região amazônica e do pantanal. Seu habitat natural é variado e inclui:
Tipos de Habitat
- Rios e Riachos: O curimbatá prefere rios de correnteza moderada a forte, onde pode encontrar uma rica biodiversidade e uma alimentação variada. Também é comum em riachos que se conectam aos rios maiores.
- Áreas de Floodplain: Durante a temporada de cheia, o curimbatá migra para áreas inundadas (floodplains) e várzeas. Essas áreas proporcionam alimento abundante e são essenciais para a reprodução e o crescimento dos juvenis.
- Lagunas e Represas: Em algumas regiões, o curimbatá pode ser encontrado em lagunas e represas associadas aos sistemas fluviais, onde as condições são favoráveis para a sobrevivência.
Características do Habitat
- Água Limpa e Bem Oxigenada: O curimbatá prefere ambientes com água limpa e bem oxigenada, essencial para sua saúde e bem-estar.
- Vegetação Aquática: A presença de vegetação aquática é importante, pois oferece abrigo e alimento natural, como folhas e pequenos organismos.
- Substrato Variado: O substrato pode variar de cascalho e areia a áreas com vegetação submersa, dependendo da região específica onde o peixe é encontrado.
Migração
O curimbatá é conhecido por suas migrações sazonais. Durante a estação chuvosa, ele se desloca para áreas inundadas para se alimentar e se reproduzir. Na estação seca, ele retorna aos rios e áreas de água mais profunda.
Onde encontrar o peixe curimbatá
Sua espécie é encontrada por toda a Região Norte, Centro-Oeste, Nordeste, além dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Dicas para pesca do peixe curimbatá
O curimbatá é um peixe de água doce bastante comum em rios e lagos da América do Sul, especialmente no Brasil. Aqui estão algumas dicas para pescar esse peixe:
1. Escolha do Local
- Habitat: O curimbatá pode ser encontrado em rios e represas com águas calmas ou de correnteza leve. Eles preferem áreas com fundo de areia ou cascalho e vegetação submersa.
- Localização: Procure pescar próximo a estruturas submersas como troncos, pedras ou bancos de areia, onde eles costumam se esconder e se alimentar.
2. Melhor Horário
- Manhã e Tarde: Assim como outros peixes, o curimbatá é mais ativo no início da manhã e no final da tarde. Esses são os melhores horários para a pesca.
3. Equipamento
- Vara: Uma vara de ação média é adequada, já que o curimbatá não é muito grande, mas pode oferecer uma luta interessante.
- Linha: Use uma linha de 0,25 a 0,35 mm, dependendo do tamanho do peixe e das condições da água.
- Anzóis: Anzóis de tamanho médio (números 4 a 6) são recomendados para o curimbatá.
4. Iscas
- Naturais: Minhocas, camarões, pequenos peixes e pedaços de carne são ótimas iscas. Eles também podem ser atraídos por pedaços de frutas e milho.
- Artificiais: Iscas artificiais como pequenas plugs, jigs e colheres também podem ser eficazes, especialmente em águas mais claras.
5. Técnica
- Arremesso: Arremesse a isca próxima a áreas de vegetação submersa ou a estruturas no fundo. O curimbatá tende a se esconder e caçar nesses locais.
- Movimento: Experimente diferentes velocidades de recuperação da isca. O curimbatá pode preferir uma recuperação mais lenta e constante ou uma recuperação mais rápida.
- Paciência: O curimbatá pode ser um pouco arisco, então é importante ser paciente e esperar que o peixe morda a isca.
6. Cuidado com a Presa
- Técnica de Resgate: Quando o peixe estiver próximo da superfície, use um puçá para evitar que ele escape ou se machuque.
- Manuseio: Manuseie o peixe com cuidado, especialmente se for soltá-lo novamente. Use as mãos molhadas para evitar danificar a mucosa do peixe.
7. Regulamento
- Tamanho Mínimo e Cotas: Certifique-se de seguir as regulamentações locais sobre tamanhos mínimos e cotas de captura. Essas regras ajudam a preservar a população de peixes e a saúde dos ecossistemas aquáticos.
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Dicas:
O peixe curimbatá Não é fácil de pescar porque pega a isca muito de leve, exigindo bastante calma e sensibilidade do pescador para efetuar a fisgada no momento exato.
Receitas com curimatá
Receita de curimatá assada
Ingredientes:
– 1 curimatá de aproximadamente 1,5 kg;
– suco de limão;
– 1 copo de cerveja;
– 1 colher de sopa rasa de noz – moscada;
– 1 colher de sopa rasa de gengibre ralado;
– Cebola a gosto;
– Alho a gosto;
– Sal a gosto;
Modo de preparo:
- Em primeiro lugar, tempere o peixe com sal e limão e reserve por 30 minutos.
- Logo a seguir pegue um recipiente e mistures o demais ingredientes.
- Em seguida, leve o peixe para assar por 45 minutos ou ate dourar.
Receita de curimatá ao molho:
Como fazer o filé de curimatá:
Receita de escabeche de curimatá:
O curimbatá é um peixe muito popular e consumido no brasil e no mundo. como mencionamos ele tem características com escamas ásperas, a sua coloração é cinza-prateada, com faixas transversais escuras e inconspícuas no dorso.
Além disso, esta espécie de peixe possui nadadeiras caudal, dorsal e anal com varias manchas escuras e claras, alternadamente.